Coluna Josy Franco: Atriz protagonista Sophia Brown, que interpreta Élie em The Wichter: A origem, carrega a prequela nos ombros.
The Witcher: A Origem
Título: The Witcher: Blood Origin/The Witcher: A Origem
Criação: Declan de Barra & Lauren Schmidt Hissrich
Direção: Sarah O'Gorman e Vicky Jewson
Ano: 2022
Emissora/Streaming: Netflix
Número de episódios: 4 (1ª temporada)
Sinopse:
A nova série "The Witcher: A Origem" é ambientada na era de ouro do mundo élfico, 1200 anos antes do que acontece em "The Witcher" (série de sucesso que já conta com duas temporadas), e muito antes da chegada de humanos e monstros ao mundo dos elfos.
"A Origem" conta uma história "esquecida no tempo" permeada por lutas sangrentas, magias e traições que dizimaram a maioria dos clãs daquela época, e que culminaram em uma série de eventos causadores da "Conjunção das Esferas" fundindo o mundo dos monstros, dos humanos e dos elfos em um só, bem como a criação do "primeiro bruxo"
Uma das protagonistas da série, Élie, é conhecida como a Cotovia em razão da bela voz e das músicas inspiradoras que canta, trazendo força e esperança para os plebeus do Reino, criando assim um pano de fundo para a história da trajetória de sete guerreiros com variadas habilidades: Fjall Coração de Pedra do Clã dos Cães (Laurence O'Fuarain), Scian da Tribo Fantasma (Michelle Yeoh), Irmão Morte (Huw Novelli), os magos Zacharé e Syndril (Zach WyatteLizzie Annis), Meldolf e seu martelo Gwen (Francesca Mills), guiados por Élie (Sophia Brown), remanescente do Clã dos Corvos.
Estes sete exilados são destinados a se unirem e superarem suas diferenças, em uma jornada épica e sangrenta (e em certos momentos cômica), contra a recente mudança de um poder imperial implacável e a eminência de um acontecimento apocalíptico planejado pelo mago Balor (Lenny Henry) e todas adversidades ao longo dos quatro episódios.
Crítica:
The Witcher: Blood Origin pretendia ser um spin-off com uma história alternativa, aproveitando o sucesso da série original. No entanto, devido a diversos problemas de roteiro e produção, recebeu severas críticas assim que foi lançada.
Porém, novos e promissores rostos são apresentados nesta mini série, mas inegavelmente, o destaque de atuação é da atriz Sophia Brown, que interpreta Élie e carrega a prequela nos ombros.
Ressalto que a série parece ter se preocupado com o viés inclusivo, já que destaca o protagonismo negro, feminino e possui as atuações da atriz Francesca Mills, portadora de nanismo, e Lizzie Annis, portadora de uma deficiência nas pernas, e que desempenharam muito bem seus papéis, apesar de claramente limitadas pelos textos e roteiros de suas personagens que poderiam ter sido melhor explorados.
A série vale a pena ser assistida pelo brilhantismo de seus intérpretes que tiveram grandes momentos em determinadas cenas. Ficou o sentimento de que tanto o elenco como a história poderiam ter sido melhor explorados e aprofundados em quem sabe mais alguns episódios. As fotografias em cenas externas também são compensatórias e os figurinos não deixam a desejar. Por fim, a história ainda pode preencher alguns espaços do enredo da série original (The Wichter), não sendo, assim, a total perda de tempo, como a crítica geral vem descrevendo.
Protagonista:
Sophia já tem anos de carreira como atriz, e se tornou mais conhecida em 2020 por participar da série "The Capture" da BBC One, e tem ainda ótimos trabalhos em seu currículo, incluindo os personagens de Amelle Ellington em EastEnders, Louise Taggart em Clique, Donna Clark em Giri/Haji e Tara em I Am.
Sophia formou-se na Arts Educational Schools em Londres, e frequentou a Identity School of Acting em Brixton, especializando-se também em dança contemporânea, balé e jazz. Além disso, estudou também no Ivana Chubbuck Studio em Los Angeles.
Instagram: @sophiamoniquebrown