As obras de Heitor dos Prazeres podem ser um recurso riquíssimo para ser apresentado aos alunos na aula de História sobre o período republicano brasileiro, devido ao seu enfoque na cultura e nas representações populares da época. Suas pinturas retratam o cotidiano dos cortiços, das favelas e da malandragem, bem como os carnavais, as praças e a vida nas ruas do Rio de Janeiro.
Essas representações artísticas podem contribuir para uma compreensão mais completa do contexto social e cultural do período republicano. Elas oferecem insights sobre a realidade das camadas populares e suas lutas, destacando temas como o crescimento das cidades, a marginalização social, a diversidade cultural e as festividades populares.
Ao analisar as obras de Heitor dos Prazeres, os estudantes podem refletir sobre a política cultural do período republicano, as relações de poder, as transformações urbanas e as tensões sociais. Além disso, podem discutir as influências da música e do samba, presentes nas obras de Heitor, e o seu papel como expressão de resistência e identidade do povo negro.
Por último, a exposição me fez refletir sobre a importância da aplicação da Lei 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de "história e cultura afro-brasileira" dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares do ensino fundamental e médio. Imaginei como teria sido significante para mim, enquanto estudante no ensino fundamental/médio, conhecer a História através das lentes do nosso povo, das memórias, do samba, do axé, do poder da criação, da pintura, da moda, dos carnavais, dos cortiços, das favelas, da malandragem, da Praça XI, das violas, do Estácio, dos afetos, da elegância.