Diretores de fotografias são os grandes responsáveis pelo visual marcante de obras cinematográficas. Infelizmente a grande maioria de prêmios no Oscar para essa categoria, ao longo de anos, foram para homens brancos, mesmo com inúmeras mulheres, diretoras de fotografia muito talentosas.

São raízes profundas, quando falamos de inúmeras profissões que não reconhecem o trabalho feminino. Na indústria cinematográfica é uma das que mais se destaca pela falta de igualdade. Como a Revista Negra, nasceu para remar contra esse favoritismo masculino. Criamos a coluna "Profissões".

Nessa primeira matéria da coluna profissões, viemos enaltecer uma mulher preta. Que destaca pelo seu trabalho, criatividade e por nos fazer ir além do que é mostrado.

Na mostra de Tiradentes de 2020, recebeu o Prêmio Helena Ignez 2020, oferecido pelo Júri Oficial a um destaque feminino em qualquer função e entregue pelas mãos da própria atriz e diretora. Em Tiradentes, dirigiu a fotografia de três filmes: os curtas "Ilhas de calor", na Mostra Jovem; "Minha história é outra", na Mostra Foco; e o longa "Um dia com Jerusa", na Mostra A Imaginação como Potência.

Lílis Soares,

Estudou Direção de Fotografia no Institut International de l'Image et du Son, na França, e Rádio e TV na UFRJ. Atuou em projetos voltados para mídia digital, publicidade, TV e cinema em países como Brasil, França, Rússia, Suíça, Itália, Angola, República do Congo e Benin. Fez a direção de fotografia do longa-metragem nigeriano "Mami Wata", com direção de C.J. Obasi, filme selecionado para o Festival Internacional de Veneza 2021 em projetos em pós-produção, « Nosso Lar 2 - os mensageiros », dirigido por Wagner de Assis, também em pós-produção, e o longa-metragem "Um dia com Jerusa", de Viviane Ferreira. Esteve a frente da direção de fotografia das séries de ficção Meninas do Benfica, de Roberta Marques, Fim de Comédia, de Jéssica Queiroz e Amar é para os fortes, co, série da Amazon com direção de Katia Lund, Yasmin Thayna e Daniel Leif. Fez a direção de fotografia da temporada 2022 do programa País do Cinema. Em 2021, fez parte da equipe de câmera do filme « Outono », dirigido por Lazaro Ramos, e das séries « Não foi minha culpa », dirigida por Susanna Lira, e "Sessão de Terapia", de Selton Melo. Na Mostra Tiradentes de 2020, recebeu o Prêmio Helena Ignez, oferecido pelo Júri Oficial a um destaque feminino em qualquer função.

Além disso, dirigiu a fotografia dos curta-metragens « Mulheres do bando », de Thamires Vieira, "Novo Mundo", de Natara Ney e Gilvan Barreto, "Ilhas de Calor", de Ulisses Arthur, "Minha história é outra", de Mariana Campos, "Enraizadas", de Juliana Nascimento e Gabriela Roza, "Dentro", de Mariana Jaspe, "Simone ", de Renato Cândido e da campanha "Ela decide" para a ONU, publicidade para Natura/Hysteria, Nielly, dentre outros. Lílis também atuou como professora de direção de fotografia da Academia Internacional de Cinema no Rio de Janeiro e na escola de audiovisual da Vila das Artes em Fortaleza.

Recentemente, Lílis Soares ganhou o prêmio de direção de fotografia no Festival de Sundance - Festival de Cinema de Sundance de 2023, que aconteceu nos dias 19 a 29 de janeiro -O programa, incluiu longas-metragens de estreia mundial, curtas-metragens, trabalhos episódicos e outros programas.