Coluna Bárbara Rodrigues: Nossos Ícones na Literatura
Maria Firmina dos Reis: Ao publicar Úrsula em 1859 se tornou a primeira romancista brasileira, em sua obra ela descreve as mazelas escravocratas, denunciando assim injustiças e opressões, dando voz ao povo e à mulher negra.
Carolina Maria de Jesus: A catadora de papéis, venceu as adversidades e escreveu cerca de 20 diários retratando a realidade de onde vivia, incluindo Quarto de Despejo publicado em 46 países e em 16 idiomas, um marco da representatividade negra.
Lélia Gonzalez: Filósofa e antropóloga, teve grande importância no ambiente político e no combate ao discurso da democracia racial. Sempre incentivou a discussão sobre o colorismo e também contribuiu muito para a desmarginalização das religiões afrodescendentes.
Conceição Evaristo: Autora de Olhos D'água que ganhou o prêmio Jabuti em 2015, figura hoje como uma das maiores autoras afro-brasileiras, segue militante na luta por representatividade negra em todos os âmbitos da sociedade.
Djamila Ribeiro: Referência na literatura negra contemporânea, ganhou destaque nas mídias alternativas com publicações que apontavam preconceitos sofridos pelos negros, é ativista na luta das mulheres negras e seu engajamento em projetos sociais deve ser ressaltado.
Mesmo sabendo que o caminho ainda é muito longo hoje vivemos um momento de resgate, a cultura negra começa a ganhar seu espaço, e essas mulheres têm um papel importantíssimo nisso, pois foram precursoras e corajosas ao ponto de ultrapassar barreiras impostas por uma sociedade preconceituosa.
Coluna Literatura: Escrito por Bárbara Rodrigues, publicitária
e influenciadora literária no perfil do Instagram @babileitora