Conceição Evaristo emergiu como uma figura de importância inestimável na jornada da população negra brasileira. Sua admissão à Academia Mineira de Letras, dia 8 de março, como a primeira mulher negra que ocupará a cadeira de número 40, não apenas representa uma conquista pessoal, mas simbolicamente, um avanço significativo para a representatividade negra na literatura, no meio acadêmico e reverberando sua influência por toda a comunidade afro-brasileira.
Através de uma narrativa singular, Conceição Evaristo não apenas aborda mas mergulha nas complexidades da experiência negra no Brasil em suas obras literárias, que servem como um convite à reflexão e à ação em prol de uma sociedade mais inclusiva e justa. Sua sabedoria e olhar únicos incitam cada indivíduo a romper com suas limitações, reconhecendo a necessidade de dar voz as pautas antes não discutidas sobre as necessidades de uma pessoa afro-brasileira como um todo.
Conceição Evaristo recebeu o distintivo aos 77 anos, ela nasceu em Belo Horizonte. No entanto, sua dedicação ao ensino e a literatura foi no Rio de Janeiro. Seus livros mais conhecidos são: Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, Canção para Ninar Menino Grande é outro livro que rendeu em setembro de 2023, o Troféu do Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano de 2023, o prêmio também é por conta de sua contribuição à literatura brasileira. Becos da Memória (2006) também é uma obra reconhecida. Seu conto mais comentado é Olhos d`água lançado pela Editora Pallas, 2014.