Apenas 4% a 9% por cento das mulheres negras recebem diagnóstico
Governo Federal reforça compromisso com a saúde da população negra em seminário nacional.
Ministérios da Saúde e da Igualdade Racial lançam Boletim Epidemiológico 'Saúde da População Negra' após 8 anos de espera.
Foto: Walterson Rosa/MS
Nesta segunda-feira as 9horas e 30 minutos, na plataforma do Youtube, o governo federal demonstrou um compromisso renovado com a saúde da população negra, durante o inédito Seminário Nacional de Vigilância em Saúde da População Negra, ocorrido no dia 23 de outubro. O evento fez história ao marcar o lançamento do aguardado Boletim Epidemiológico "Saúde da População Negra", representando um passo significativo em direção à equidade na saúde.
Pela primeira vez, o Boletim Epidemiológico compilou abrangentes dados relativos a todos os agravos monitorados pela vigilância epidemiológica da Saúde. Essa inclusão integral oferece uma perspectiva holística da saúde da população negra no Brasil e preenche uma lacuna que durou oito anos, onde a falta de um diagnóstico específico era notória.
O evento de lançamento contou com a presença das ministras Nísia Trindade Lima, à frente do Ministério da Saúde, e Anielle Franco, líder do Ministério da Igualdade Racial. Elas enfatizaram a relevância deste marco histórico e o firme compromisso do governo em promover a saúde e a igualdade racial.
Nísia Trindade Lima, por exemplo, afirmou: "Estamos determinados a erradicar as desigualdades na saúde que impactam a população negra. O Boletim Epidemiológico representa uma ferramenta crucial para compreender e abordar as questões de saúde específicas que afetam nossa comunidade."
Anielle Franco destacou a importância da igualdade racial no sistema de saúde: "Promover a igualdade é uma prioridade do governo, e este boletim é um passo fundamental para garantir que a saúde de todos os cidadãos seja tratada com justiça e equidade, independentemente de sua origem étnica."
O Boletim Epidemiológico "Saúde da População Negra" marca um ponto de partida para a implementação de políticas e ações concretas que visam melhorar a saúde e a qualidade de vida da população negra no Brasil. O governo federal, comprometido com essa causa, e com o engajamento de ministros e líderes, renova a esperança de uma sociedade mais justa e equitativa no que diz respeito à saúde.
Os dados apresentados no boletim revelam disparidades preocupantes. De acordo com informações disponibilizadas no site do governo federal, 67,7% das gestantes diagnosticadas com HIV são negras, evidenciando uma desigualdade alarmante no acesso ao diagnóstico e tratamento dessa doença.
Outro dado alarmante é que, em 2021, a tuberculose, uma doença influenciada por fatores sociais, afetou 63,3% das 49.381 pessoas pardas e pretas. Esses números destacam como as condições socioeconômicas e raciais desempenham um papel significativo na saúde da população.
Além disso, o boletim ressalta um aumento de 5% na taxa de morte materna por hipertensão entre mulheres negras, enquanto essa taxa diminuiu em outros grupos. Este dado faz parte do Boletim Epidemiológico "Saúde da População Negra" e evidencia as desigualdades persistentes no sistema de saúde do país.
O evento de lançamento do boletim também anunciou medidas importantes para melhorar o acompanhamento da saúde da população negra. A ministra Nísia Trindade anunciou que as notificações de casos de doença falciforme agora serão compulsórias, uma medida que visa aprimorar a compreensão e a gestão dessa condição.
Essas descobertas e anúncios reforçam a necessidade contínua de abordar as desigualdades raciais no sistema de saúde do Brasil e se comprometer com a prestação de cuidados equitativos e justos a todos os cidadãos, independentemente de sua origem étnica.
Foto: Walterson Rosa/MS
Matéria por Danielle Rodrigues Ministério da Saúde em parceria com a redação Revista Negra.
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