Promovendo a Saúde e Bem-Estar da Mulher nas Empresas: O Papel Crucial do RH na Conscientização e Oferta de Benefícios

25/05/2023

Importância de incentivo de saúde da mulher no trabalho.


As empresas devem sempre promover o bem-estar no trabalho, bem como a qualidade de vida dos seus colaboradores, por isso, é necessário que desenvolvam programas e políticas para o cuidado com a saúde da mulher. Tais ações precisam ir além do convencional, abordando pontos para garantir o equilíbrio físico, mental e social das suas funcionárias. É preciso conscientizar suas colaboradoras sobre a prevenção de doenças através da realização de exames preventivos na empresa, além de adotar hábitos saudáveis, tanto na empresa quanto em seu dia-a-dia em suas casas. Outra medida muito importante é ajudar a elevar a autoestima de suas colaboradoras, combatendo o estresse, ansiedade e outras questões emocionais que podem provocar problemas como a depressão.

Por último, mas não menos importante, é preciso combater ações preconceituosas, discriminatórias e possíveis ocorrências de assédio dentro das empresas. Val Sátiro

Afinal, o que é a saúde da mulher?

Podemos conceituar a saúde da mulher como o conjunto de medidas, ações e atitudes que visam promover o bem-estar físico e mental, respeitando as características fisiológicas, metabólicas, psicológicas e sociais do gênero feminino. Sendo assim, o termo aborda mais do que a mera ausência de doenças ou enfermidades, trata-se da salubridade no seu contexto mais amplo. Infelizmente, isso ainda é um desafio, apesar das conquistas das últimas décadas. Atualmente, as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho, mas sem deixar de lado os afazeres pessoais no sentido da maternidade, matrimônio e assim por diante, o tempo para visitar o médico ou adotar hábitos mais saudáveis vai ficando cada vez menor para elas.

Epidemiologia da saúde da mulher

Segundo os dados do INCA o número total de mortes por Câncer de Mama foi de 16.927, desses 203 eram homens (2017- SIM). Já em 2018, no estado de Minas Gerais, foram registrados 1.576 óbitos de mulheres por Neoplasia de Mama, sendo considerado a primeira causa de morte por câncer no sexo feminino. Em relação ao Câncer do Colo Uterino, foram estimados, para 2019, 16.370 novos casos no Brasil, com o risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. Outra patologia crescente e ainda desconhecida é a Endometriose, que atinge as mulheres em plena fase reprodutiva e profissional, (possui graus do leve ao severo), impactando em diversos momentos da mulher, nos casos graves pode se alojar em órgãos, fora do reprodutivo como intestino, pulmão, bexiga, cérebro, seios nasais, coração, nervo ciático, podendo levar a infertilidade e até óbito, só no Brasil estima-se em torno de 12.000 milhões e mundialmente 200.000 milhões, causando diversos impactos negativos na vida de meninas e mulheres. A origem ainda é desconhecida, a tese que se dissemina sobre menstruação retrógrada, ainda não está comprovada pela ciência e devido ao desconhecimento, pode-se levar até 10 anos para o diagnóstico. A prevenção é a informação.

Menopausa: As mulheres representam mais da metade da força de trabalho global e cada uma passará por essa transição em algum momento da vida. Os sintomas impactam a mente, corpo e relacionamentos. Eles são diferentes em cada mulher e também mudam ao longo dos anos, mas os mais comuns são as ondas de calor, suores noturnos, a fadiga e mudanças de humor. Pesquisas apontam que 31% das mulheres deixaram seus empregos durante o período por enfrentar distúrbios com o sono, um déficit de produtividade que só na nossa economia de aproximadamente 2 bilhões de dólares, assim as ações preventivas e apoio, se fazem necessárias.

Saúde da Família - Valorização da Parentalidade: As empresas que fortalecem a equidade de gênero pela valorização da parentalidade no universo corporativo, buscam aumentar a representatividade feminina, em especial nos cargos de liderança, assim é preciso criar políticas efetivas de apoio às mães. Segundo uma pesquisa sobre licença-maternidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 48% das mães ficam desempregadas no primeiro ano após o parto. Pelo acolhimento de mães, pais e figuras parentais no universo corporativo, se aumenta o engajamento e a produtividade, contribuindo assim para criação de um ambiente psicologicamente seguro, em que todas as pessoas se sintam pertencentes, o que favorece a inovação, diversidade e inclusão.

Outro fator e risco importante na saúde da mulher é a trombose que consiste na formação de um coágulo de sangue em uma ou mais veias grandes localizadas na parte inferior do corpo, mais comumente nas pernas. O principal problema que pode acontecer é o coágulo se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, na chamada embolia, uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, podendo causar lesões graves, podendo levar a pessoa à morte.

Cuidado com a alimentação: a nutrição é extremamente importante para a saúde da mulher, por esse motivo é preciso saber se alimentar bem. O ideal mesmo é comer de forma saudável em todas as suas refeições, transformando isso em um hábito comum e não algo que demande muito esforço todos os dias. Aos poucos, priorizando frutas, legumes e verduras que você preferir, optando por carne magra e ao mesmo tempo parar com os produtos industrializados e fast-food.

Mente e corpo são outros pontos muito importantes. Isso pode ser feito de diversas formas, tais como: técnicas de meditação, ioga, rever alguns hábitos e incluir em sua rotina os hábitos saudáveis, investir em atividade físicas tradicionais e que seja prazerosa, pois elevam sua autoestima, "ficando com o corpo em dia, sua autoconfiança aumenta também", evitando a síndrome do burnout, uma das doenças mentais mais graves no ambiente profissional, que acontece, pois nosso corpo reage a essas pressões com uma descarga de hormônios, onde acelera o coração e aumenta a pressão arterial. Tudo isso gera um grande esgotamento físico, mental e emocional como: fadiga, dor de barriga, perda de apetite, dor de cabeça, dores musculares, tontura, coração acelerado, pressão alta, fadiga crônica, insônia e outros distúrbio do sono, dificuldade para se concentrar, sintomas físicos como dificuldade para respirar, baixa imunidade (ficar doente com mais frequência), alterações de humor, ansiedade, depressão, acessos de raiva, agressividade, sinais de desconexão daqueles que a rodeiam, dessensibilização dirigida às pessoas com quem se trabalha. pessimismo, baixa autoestima. dificuldade em se divertir, vontade de ficar sozinha, são sensações que o corpo e a mente podem apresentar... Aqui são alguns exemplos listados, da importância de e incentivar o cuidado pessoal com a saúde das colaboradoras. A fisiologia feminina tem suas próprias características, por isso, os cuidados pessoais e hábitos devem ser desenvolvidos e precisam ser adequados para as mulheres.

"Ou seja, a empresa deve oferecer benefícios de cuidados para suas colaboradoras como se elas fossem de sua própria família, valorizando sua saúde e incentivando tais cuidados e assim colaborando para o desenvolvimento de suas carreiras, valorizando a equidade na saúde, e como consequência realizando ótimos negócios, ou seja #ESG na prática" 

Val Sátiro

Val Sátiro Oliveira (ela/she) *Val Sátiro Oliveira - Fundadora da startup femtech - Interação | Women Health and Wellness Club (em MVP)


Na sua estreia como colunista de Saúde na Revista Negra, Anatália Mendes traz uma reflexão provocativa: "SEM EDUCAÇÃO SEXUAL, A CULPA É SEMPRE DA LIBIDO?" Fundadora da Lavure, Anatália é especialista em prazer feminino, educadora sexual, palestrante e mentora. Não perca este artigo instigante e informativo. Clique para ler mais!

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